Gente, faz um tempo que não posto nada do Reflita, e ontem eu tive uma ideia muito sem querer, e escrevi durante a madrugada (aliás, a melhor hora para escrever) e aqui está!
Embarco nesse trem da vida, sem
saber aonde vai me levar. A cada curva uma nova surpresa e tem algumas paradas
em estações como a “Indecisão”, onde resolvo parar primeiro, mas vejo que ficar
muito tempo aqui não vai me levar para frente, então resolvo subir no próximo
vagão, e esse muda de percurso, porque decidi mudar de linha. Aprendi que ficar
pensando se eu devo ou não fazer isso ou aquilo não me leva a nada. É não foi
de um mau todo ter parado naquela estação.
Anuncia a próxima estação,
“Ódio”, mas por esse não desço, sem nem deixar a minha curiosidade me tomar,
porque aqui tem muitas pessoas que descem, e mesmo as portas do vagão abrindo
para poder seguir em frente, ninguém embarca, todos parecem presos ao passado
que já não valem a pena mais ser lembrados.
Nesse trem da vida, conheço
algumas pessoas que estão aqui comigo. Trocamos experiências, algumas novas e
outras já conhecidas por mim, e algumas dessas pessoas acabam se tornando
importantes para mim, e mesmo eles desembarcando, uma parte deles continua
comigo. Mas uma delas é tão especial que está ainda comigo, e assim passamos
por mais algumas estações, onde nós duas descemos na estação “Sonhos”, onde as
duas constroem um que acaba se interligando, mesmo não planejando que fosse
desse jeito, e assim embarcamos novamente juntas, para tentar tornar os nossos
sonhos realidade.
Mas o trem segue e nós mudamos
as nossas mentes, e é onde me separo dessa pessoa especial, e desço em uma
estação qualquer. Preciso da minha casa, preciso me lembrar de onde vim para
continuar essa jornada, e assim faço, voltando para o meu lar, revendo todas as
estações já passadas, lembrando aqueles que parei, as pessoas que entraram e
saíram de minha vida. Sorrio em algumas
delas, choro em outras, mas em nenhum momento tive ódio ou raiva, já que não
parei nessa estação, e fico feliz por essa escolha.
Finalmente chego à estação
final, onde decidi embarcar nesse trem da vida. Desço, respirando o ar já tão
conhecido e fico feliz por estar em casa de novo.
Já com a bateria recarregada, embarco
novamente no trem, decidida onde quero chegar, mas já pronta para enfrentar as
curvas perigosas, os túneis longos e escuros, e a bela claridade que vai
aparecer depois disso, pronta para as surpresas que vou enfrentar, sem saber
onde posso descer, quem poderá embarcar e como ela me levará ao destino final.