Estudando para o meu novo livro | Indicação

quarta-feira, janeiro 30, 2019


Já não é segredo que eu estou trabalhando no meu primeiro livro (e-book, para ser mais específica), e muito menos que venho pesquisando e estudando muitas formas e maneiras de escrita, dicas, tutoriais, para me sentir mais segura, não só agora durante a escrita, mas também depois de ser publicado, porque todo escritor precisa acreditar na sua obra.

Então, seguindo conselhos, primeiro fui tentar identificar o gênero do meu livro e (alerta de spoiler) descobri que o meu é uma lad-lit (ou dude-lit, se preferirem). Sim! Uma mulher escrevendo lad-lit! Confesso que como qualquer mulher, tenho dificuldades de entender como um homem pensa, e eu sei que nem toda escritora (entendam o a) sabe escrever uma lad-lit, até porque os homens de repente parecem agir e pensar como uma mulher, o que sei que em alguns casos não se aplicam. E não é assim com o meu personagem. Nem com os amigos dele.  Eu não conseguia acreditar naquilo que estava lendo (lembrando que as obras que estou me baseando nessa primeira parte, é bem antes de saber que existe a categoria lad-lit).

Eu queria entender e pensar como um homem. O meu personagem precisa disso. Ele e seus amigos, que serão de extrema importância para o decorrer do livro. Mas como disse, não tinha muita noção. Então segui a segunda dica: procurar livros da mesma categoria que a minha.

Ótimo! Mais material para ler! Mais informações para o meu livro!

Confesso que por enquanto só li dois dos livros lad-lit recomendados (se não me engano, tem mais de cinco), porque estou associando o curto tempo de leitura que tenho com o livro da Divina Comédia de Dante Alighieri (agora estou no livro 2, O Purgatório), que recomendo muito para quem nunca leu esse clássico da poesia (ainda que eu não seja muito fã de poesias). Sério, Dante é incrível, mas a leitura é cansativa e difícil.

Mas voltando… O primeiro que li foi Alta fidelidade de Nick Hornby, um livro incrivelmente interessante (é bom, mas eu ainda não tenho certeza do quanto), e tinha exatamente o que eu buscava (o como os homens pensam e agem, ou alguns deles, pelo menos), mas eu tinha a incômoda sensação de que eu sabia que estava estudando o livro e os personagens para o meu próprio manuscrito. O livro não me absorvia e me levava para outra dimensão (claro que via a pequena loja do Rob, mas não é… não sei explicar), o que me atrapalhava um pouco, ao mesmo tempo em que ajudava.

Assim que terminei, escolhi “O Projeto Rosie” do Graeme Simsion, que foi até bem vendida e sucesso de críticas. Desde o começo (assim que li a sinopse e uma parte da resenha), me encantei com o livro, mas por algum motivo, deixei para ler só depois de Alta Fidelidade.

Tudo, eu quero dizer, tudo mesmo, me levou à Austrália, me fez enxergar outro mundo. Excentricidade do Don (excentricidade essa que fica “meio que explicado”, ou pelo menos deduzido de um jeito interessante) nos leva a um lugar leve, ainda que não haja expressões e sentimentos descritos, cheia de sentimentos, mesmo que Don não saiba, ou acho que não, cada personagem e amigo do livro sendo especial a sua maneira, mesmo Gene sendo um canalha, Stefan babaca, Rosie teimosa, e o próprio Don insensível. Ainda digo que os únicos que eram “perfeitos” eram a Claudia e os dois filhos dela com Gene. Claro, só víamos as coisas boas pela visão do próprio Don, mas ainda assim, é uma impressão forte que ficou em mim também.

Sério, passaria um dia inteiro elogiando o livro e não me daria por satisfeita.

Essa obra me fazia esquecer que eu tinha que analisar como deveria ter feito, confesso, mas é tão incrivelmente singelo, que recomendo muito para que todos leiam esse livro.

...

E não, não gosto muito da ideia do Ryan Reynolds interpretando Don (se esse filme realmente sair, e ele fizer bem, não digo mais nada dele). E achei mais do que acertada a ideia da Rosie como Jennifer Lawrence, mas fiquei triste com a saída dela do elenco...

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